Morrer para nascer

Um mercador tinha um papagaio preso a um puleiro. Um dia, resolveu viajar para a Índia e perguntou ao louro o que desejava de lá. Este lhe pediu:

“Se vires um bando de papagaios livres, pergunta-lhes como posso voar”Na Índia, o mercador viu um bando de papagaios e gritou-lhes a mensagem do seu louro. Ao ouvi-lo, o guia do bando caiu como morto. O homem, penalizado, pensou: devia ser parente do meu”. Ao regressar, contou o sucedido a seu papagaio e este para seu espanto, tombou como morto. O homem lamentou mas, resignado, desprendeu o louro inerte e o atirou no quintal. No próprio impulso com que foi jogado, ele alçou vôo e pousou em um galho. O mercador muito admirado, perguntou: “Afinal, que significa tudo isto?” E o papagaio respondeu: Apenas seguí a lição.”Meus irmãos: O ser humano, limitado no seu ego-mental, esqueceu sua condição de liberdade espiritual. Perde tempo e energias, chamando de sabedoria o que memoriza e repete dos outros. Só quando toma consciência de sua limitação pelo conhecimento da verdade, busca um verdadeiro mestre e segue-lhe as instruções: de morrer para o “eu”, a fim de ser o verdadeiro “EU”. Mas só pode ser ajudado a libertar-se, quando SABE que está preso.

Colaboração: Irmão Marcolino Alves Rocha


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