Há alguns dias atrás, pus-me a estudar sobre a história da música. Ouvi sobre a importância do piano na música clássica, instrumento do qual, mesmo em obras escritas para o violino, não se prescindia, e era pois escrita, à parte, a partitura daquele também.
“Concerto” vem do Latim concertare, o que significava, originalmente, discordar ou contender. Parece até paradoxal, uma vez que “concerto” alude a uma orquestra harmônica.
Todavia, em linguagem esotérica — e aqui estou a pensar no Bhagavad-Gita — sabemos que Arjuna é instado por Krishna a contender, discordar e lutar contra os inimigos do primeiro.
Ao que parece, a harmonia, a concórdia (vale dizer, a paz) vêm do conflito.
A música clássica nos mostra isso muito bem. Tantos instrumentos aparentemente antagônicos, passagens ora rápidas, ora lentas; ora alegres, ora fúnebres, dependendo daquilo que o compositor quer dizer. Tudo isso, porém, acontece sob o comando deste.
E assim conduzamos a nossa orquestra!
LEONARDO P. DE ALMEIDA
C.M.