Ordem DeMolay

A Ordem DeMolay é uma organização fraternal para jovens do sexo masculino, com idades entre 12 e 21 anos, que busca formar líderes por meio de valores como virtude, honra e serviço à comunidade. Fundada em 1919, nos Estados Unidos, por Frank Sherman Land, a Ordem homenageia Jacques de Molay, último Grão-Mestre dos Cavaleiros Templários, que foi executado em 1314. DeMolay tornou-se um mártir por sua lealdade e dedicação, e sua história de coragem e integridade é um exemplo que a Ordem perpetua. Origens da Ordem DeMolay A Ordem DeMolay surgiu em um contexto de pós-guerra, com o intuito de fornecer um ambiente seguro e inspirador para jovens que buscavam orientação e apoio. Frank Land, um maçom de Kansas City, foi abordado por um jovem órfão que buscava trabalho. Ao perceber as dificuldades enfrentadas pelos jovens, Land reuniu um grupo de amigos para criar uma fraternidade que promovesse a moralidade e o desenvolvimento pessoal. A primeira reunião aconteceu em março de 1919, com nove membros, que se tornariam os primeiros “irmãos” DeMolays. Desde então, a Ordem cresceu exponencialmente, espalhando-se por mais de 100 países, incluindo o Brasil, onde é uma das principais organizações juvenis associadas à Maçonaria. Princípios e Valores da Ordem DeMolay A Ordem DeMolay é regida por sete virtudes cardeais, que são os pilares da formação de seus membros: Esses valores são transmitidos através de cerimônias, reuniões e atividades que incentivam o desenvolvimento ético e o senso de responsabilidade social dos jovens. Estrutura e Atividades A Ordem DeMolay é dividida em Capítulos, cada um governado por um Mestre Conselheiro (o presidente eleito pelos próprios jovens). Há também uma estrutura hierárquica, que permite a progressão dos membros em cargos de liderança, desenvolvendo suas habilidades organizacionais e de gestão. Os Capítulos realizam uma série de atividades, incluindo: Benefícios para a Sociedade Um dos aspectos mais notáveis da Ordem DeMolay é o impacto que ela tem na formação de cidadãos éticos e responsáveis. Ao promover o desenvolvimento moral, emocional e intelectual de seus membros, a Ordem contribui para a criação de futuros líderes que possuem uma forte consciência social. Muitos ex-membros da Ordem DeMolay tornaram-se líderes comunitários, empresários de sucesso, e figuras políticas respeitadas, o que evidencia o alcance e a importância de sua formação. Além disso, a Ordem é conhecida por suas ações filantrópicas e projetos de voluntariado, que auxiliam diversas instituições de caridade. A participação ativa dos jovens em tais iniciativas não apenas ajuda a sociedade em geral, mas também incute neles um senso de dever cívico e altruísmo. Benefícios para os Membros Os jovens que participam da Ordem DeMolay são expostos a um ambiente enriquecedor, onde podem desenvolver uma série de habilidades cruciais para o sucesso em diversas esferas da vida. Entre os principais benefícios estão: Conclusão A Ordem DeMolay é uma das mais importantes instituições juvenis associadas à Maçonaria, com um legado de mais de um século. Sua missão de formar cidadãos íntegros, líderes e comprometidos com o bem-estar da sociedade permanece tão relevante hoje quanto no momento de sua fundação. Ao incentivar os jovens a viverem de acordo com princípios elevados de moralidade e serviço, a Ordem DeMolay desempenha um papel vital na construção de um futuro melhor para todos. Através de suas atividades, valores e ensinamentos, a Ordem não apenas impacta positivamente seus membros, mas também a sociedade como um todo, criando uma base sólida de jovens comprometidos com a ética, a justiça e o progresso.
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Revista Um Quarto de Hora – Janeiro 2018
Sobre o meu Nome Histórico – Abraão
O Maço e o Cinzel
Impressões sobre minha Iniciação – Hermógenes de Amorim Mendes
Nome Histórico – Nelson Mandela
Impressões sobre minha elevação – Sergio Emilião
Impressões sobre minha elevação – Raul Vidigal
A Palavra do Venerável Mestre
AAm∴ IIrm∴ da A∴R∴L∴S∴ Scripta et Veritas Minhas primeiras palavras como Venerável Mestre desta Augusta e Respeitável Loja em tão elevado cargo que me foi confiado pelos AAm∴ IIrm∴, é, agradecer profundamente a confiança em mim depositada, e, prometo honrar com dignidade e dedicação, aos princípios maçônicos que a mim foram conferidos para o Biênio 2021 / 2023. Para tanto conto com os AAm∴ IIrm∴ para elevarmos ao máximo o nome de nossa Amada Loja. Sei que passamos por um período muito conturbado, mas com as bênçãos e iluminados pelo GADU, manteremos nossa loja neste patamar espiritual altamente elevado que ora ela se encontra. Colocando sempre nosso Tripé de Sabedoria, Força e Beleza engrandecendo nossas colunas, e, fortalecidos pelos AAm∴ IIrm∴ que decoram toda nossa loja com seu resplendor e trabalho, alcançaremos nosso objetivo espiritual para o biênio 2021/ 2023 que se inicia. Um grande Triplice e Fraternal Abraço a todos os AAm∴ IIrm∴ Sidney Coelho de Carvalho – Enoch
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Breve História do Rito Adonhiramita

Místico, espiritual, histórico, ortodoxo e tradicional. Muitos são os adjetivos empregados para definir o Rito Adonhiramita, adorado e idolatrado por seus praticantes e às vezes criticado pelos demais.Falar sobre suas origens e história é algo tão difícil quanto apaixonante e desafiador. Pelas mais diversas razões a literatura dedicada é bastante escassa, e documentos referentes aos primórdios de sua prática são bastante raros.O Rito Adonhiramita é definido por muitos autores como preservador de sua essência original, como mantenedor das tradições ritualísticas e das práticas iniciáticas das escolas de mistério da antiguidade, e das ordenações do período operativo da Maçonaria, sendo comumente caracterizado como essencialmente metafísico, teísta, esotérico e místico. Suas cerimônias são marcadas principalmente pela requintada liturgia, pela musicalidade constante em seus rituais e pela tradição. O rigor ritualístico é quase uma obsessão para os maçons Adonhiramitas. Alguns autores defendem que assim como todos os Ritos Maçônicos de origem francesa, o Rito Adonhiramita é fruto da evolução e do aperfeiçoamento dos Ritos de Kilwinning, York e Clermont, praticados pelas Lojas britânicas, e, sobretudo, do desdobramento do Rito de Heredon (Monte Místico), também chamado de Rito de Perfeição, originário da Escócia e amplamente praticado na França no século XVIII1. Porém, o Rito Adonhiramita não absorveu os conceitos jacobitas inseridos pelos exilados na França da linhagem escocesa dos Stuarts, adotando os conceitos da Maçonaria inglesa, particularmente da corrente denominada de Modernos, após a fundação da Grande Loja de Londres e Westminster em 1717.Apesar disso, Oscar Argollo, autor maçônico das primeiras décadas do século XX, na obra intitulada O Segredo da Maçonaria2 classifica o Rito Adonhiramita como um dos mais antigos, associando sua origem a um ritual de 1248, século XIII, utilizado pelos construtores da Catedral de Colônia na Alemanha que chamou de Rito Primitivo do Egito, do qual os rituais Adonhiramitas teriam se originado. Afirma ainda que há indícios da prática do Rito Adonhiramita numa forma que chamou de primitiva em 1616, já no período de transição entre os modos operativo e especulativo, com 7 Graus. Na verdade, mesmo que essas afirmações até certo ponto surpreendente sejam verídicas, esse Rito com certeza não possuía o nome de Adonhiramita.A denominação Adonhiramita é posterior a 1725, e se deu em virtude de um acirrado debate ocorrido na Europa na primeira metade do século XVIII após a adoção da terceira e definitiva versão da Lenda do Terceiro Grau, que adotou a construção do Templo de Jerusalém como base, dando origem a duas correntes de pensamento, uma que defendia Hiram Abiff como o arquiteto do Templo de Salomão, e que se denominou Maçonaria Hiramita, e outra que atribuía o cargo a Adonhiram, e ficou conhecida como Maçonaria Adonhiramita.É de se notar que neste período, anterior a 1750, quando ocorre a explosão de Ritos na França, a Maçonaria continental tinha a mesma prática das ilhas britânicas, ou seja, havia rituais com diferenças e peculiaridades entre si, mas não Ritos como os conhecemos atualmente.1 O Rito de Heredon além de ser a base do Rito Adonhiramita, também o é do Rito Moderno e do Rito Escocês Antigo e Aceito.2 ARGOLLO, Oscar, O Segredo da Maçonaria, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1942Este amplo debate levou o abade Louis Travenol a publicar em 1744, em Paris, sob o pseudônimo de Leonard Gabanon, uma obra intitulada Catéchisme des Franc-Maçons, ou le Secret des Franc-Maçons. Nesta obra o autor faz uma análise teológica da personagem adotada pela Maçonaria como arquiteto do Templo de Salomão com base na narrativa bíblica contida no primeiro Livro dos Reis e segundo Livro das Crônicas. Em sua argumentação demonstra que os textos bíblicos citam três personagens distintas e homônimas designadas sob o nome de Hiram. Um deles seria o rei de Tiro, na Fenícia, amigo de Davi e de Salomão, que teria fornecido a mão de obra e os materiais para a construção do Templo de Jerusalém. Outro seria Adonhiram, citado por Flávio Josefo na História dos Judeus como Adoram ou Aduram, que teria supervisionado os trabalhos e as obras do Templo, enquanto o último, designado como Hiram Abiff, seria um fundidor de metais, um hábil escultor em bronze responsável pela execução dos ornamentos em metal do Templo tais como o mar de bronze, os candelabros e as duas colunas vestibulares. Ou seja, segundo o relato bíblico, Hiram Abiff teria trabalhado apenas após a conclusão das obras de construção do Templo, depois de assentada a última pedra e Hiram ter retornado a Tiro, e por não ser pedreiro de ofício não poderia, portanto, ser considerado o seu arquiteto. Travenol defendia com base na exegese bíblica que a identificação correta da personagem principal da Lenda do Terceiro Grau era Adonhiram3.Alguns autores e ritualistas por discordarem da interpretação de Travenol desenvolveram a tese de que o nome Adonhiram era uma simples aglutinação do prefixo hebraico Adon, que significa Senhor com o nome próprio Hiram sugerindo com isso que um título teria sido atribuído à personagem, que traduziam como Senhor Hiram, Excelso Hiram ou Hiram Consagrado ao Senhor. Do outro lado o escultor de bronze teria sido diferenciado do rei fenício pela adição do sufixo também hebraico Abiff, que seria a forma no hebraico antigo para o Abá do aramaico na época de Jesus que designava Deus como pai. Desta forma, segundo esta corrente, Hiram Abiff e Adonhiram seriam a mesma personagem com títulos ou designações diferentes que serviriam apenas para diferenciá-los de Hiram, rei de Tiro.Em 1781, o ritualista Louis Guillemain de Saint-Victor publica na Filadélfia, EUA, o primeiro volume da obra intitulada Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite, Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita em nosso idioma, que abordava os três Graus do Simbolismo e o Grau de Mestre Perfeito, certamente inspirado no modelo da Grande Loja de Londres e Westminster que além dos Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre adicionava um “quarto Grau”, o Sagrado Arco Real. Esta obra se tornou referência para o Rito Adonhiramita, e nela Saint-Victor reforça o entendimento de Travenol de que Adonhiram devia ser considerado o arquiteto do Templo na lenda maçônica4. Posteriormente
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